quinta-feira, 11 de novembro de 2010

LIÇÃO 05 – A IGREJA MISSIONÁRIA



Comentaristas: Damaris  Ferreira da Costa
                            Verônica Araujo
                            Telma Bueno

  
Texto Bíblico      Romanos 10.11-15

Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.
Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.  Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam a paz, dos que anunciam coisas boas!
Objetivos após a aula os alunos devem reconhecer que cada componente da igreja pelo seu crescimento e expansão. Bem como valorizar os esforços da igreja  para continuarem a pregação do evangelho.
Introdução


Estaremos na lição 5 tratando do assunto missões, Deus não apenas nos tornou seus filhos por adoção, mas nos fez missionários, afim de anunciarmos a todas as pessoas a sua mensagem de Salvação.

I- Os primeiros missionários
Mais adiante na lição teremos uma melhor explicação sobre “o que é um missionário”, O Senhor Jesus veio a Terra para cumprir o propósito de Deus em salvar o homem perdido, e Ele fez isto na cruz do calvário, contudo o plano não era apenas para os homens daquela época, mas para os tempos vindouros.
Para isto seria necessário continuar a sua obra, pois Jesus a Glória deixou os seus seguidores com esta incumbência, anunciar ao Evangelho.
Marcos 16:15  E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Assim, os primeiros missionários convocados pelo Senhor formam todos aqueles que ouviram e viram todos os sinais, maravilhas e ensinamentos que o Senhor lhes deu durante o seu Ministério.

II - Anunciando Cristo em outras terras

Assim, como a mensagem do Evangelho não era apenas para aquela época; também não era para ficar retida apenas em Jerusalém, terra de origem do Senhor.
A intenção de Deus é alcançar todas as famílias da Terra através de sua mensagem., por isso as palavras de Jesus foram claras:

Atos 1:8 

 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra.

A ordem do Senhor , não diz somente a regiões geográficas, mas tem o sentido de que todos precisavam ouvir a mensagem de Deus, os “confins da terra” significam que a mensagem do Evangelho deveria atravessar as  fronteiras e chegar aos lugares mais longínquos do planeta. 
Como isto poderia ser tornar possível se não houvesse pessoas dispostas a levar a mensagem da salvação; os missionários!

III-O crescimento da igreja

Apesar do fato de que a Bíblia não se dirige especificamente ao crescimento da igreja, o princípio por trás do crescimento da igreja é entender o que Jesus disse: “edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mateus 16:18). Paulo confirmou que a igreja tem sua fundação em Jesus Cristo (1 Coríntios 3:11). Jesus Cristo também é o cabeça da igreja (Efésios 1:18-23) e a vida da igreja (João 10:10). Tendo dito isso, é importante lembrar que “crescimento” pode ser um termo relativo. Há tipos diferentes de crescimento, alguns dos quais não têm nada a ver com números.

Uma igreja pode ser viva e estar crescendo, apesar de que o número de membros/freqüentadores não muda. Se aqueles na igreja estão crescendo na graça e conhecimento do Senhor Jesus, submetendo-se a Sua vontade para suas vidas, individualmente e conjuntamente, essa é uma igreja que está tendo crescimento verdadeiro. Ao mesmo tempo, uma igreja pode ter mais e mais pessoas freqüentando seus cultos semanalmente, ter grandes números, e ainda ser espiritualmente morta.

Crescimento de qualquer tipo segue um modelo característico. Como um organismo em crescimento, a igreja local tem aqueles que plantam a semente (evangelistas), aqueles que regam a semente (pastor/mestres), e aqueles que usam seus dons espirituais para o crescimento espiritual daqueles na igreja local. Mas note que é Deus que dá o crescimento (1 Coríntios 3:7). Aqueles que plantam e aqueles que regam vão receber sua recompensa de acordo com o seu trabalho (1 Coríntios 3:8).

Tem que haver um equilíbrio entre plantar e regar para que uma igreja cresça; isso significa que em uma igreja local saudável cada pessoa precisa saber qual o seu dom espiritual para ela poder funcionar com satisfação dentro do corpo de Cristo. Se o plantar e regar se desequilibram, a igreja não vai prosperar como Deus quer. Claro que precisa haver dependência diária e obediência ao Espírito Santo para que Seu poder possa ser liberado na vida daqueles que plantam e regam e para que o crescimento que vem de Deus possa acontecer.

Finalmente, a descrição de uma igreja viva e crescendo bem é encontrada em Atos 2:42-27, essa passagem afirma que os crentes “perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. Logo após, ela diz que eles estavam servindo uns aos outros, ajudando aqueles que precisam vir a conhecer o Senhor, e “acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.” Quando essas coisas estão presentes, a igreja vai experimentar de crescimento espiritual, quer os seus números cresçam ou não.
Fonte: http://www.gotquestions.org/portugues/crescimento-da-igreja.html 

IV- Missões é tarefa da igreja

Desde os mais remotos tempos, a Bíblia tem sempre declarado a ênfase dada por Deus na busca de obreiros para sua seara. Vemos a preocupação de Deus em buscar maneiras de comunicar a sua graça ao homem. Depois do nascimento deEnos, filho de Sete, começou-se a invocar o nome do Senhor (Gn 4.26). No meio de uma geração corrupta ante ao dilúvio, Noé achou graça aos olhos do Senhor (Gn 6.8). Dentre toda a idolatria em Ur dos Caldeus, Deus escolheuAbraão e fez dele uma grande nação (Gn 12.1,2). Durante a escravatura do Egito, Deus levantou Moisés para libertar seu povo, com o qual falava cara a cara (Ex 3.10; 33.11). Muitos profetas ouviram o chamado, o ide (Is 6.8; Jr 1.5-7; Ez 1.1). 

Depois de 400 anos de silêncio para com Israel, surge uma voz clamando nos desertos da Judéia, chamando o povo ao arrependimento (Jo 1.23). O maior dos profetas nascidos de mulher, João Batista, preparou o povo para receber aquele que batizaria com Espírito Santo e com fogo. Vindo, portanto, a plenitude dos tempos, Jesus nasceu, morreu, ressuscitou, manifestou-se e ascendeu aos céus, segundo as Escrituras. Entretanto, deixou uma comissão importante à Igreja (Mt 28.19; Mc 16.15).

A grande comissão 
As Escrituras esclarecem que não existe outra agência responsável de enviar e suportar missionários senão a Igreja, noiva e corpo de Cristo. A prova plena vê-se no Livro de Atos dos Apóstolos: Deus falava à Igreja, os missionários eram consagrados pela Igreja, enviados pela Igreja, suportados espiritual e financeiramente pela Igreja (At 13.2). 

O significado bíblico principal de Missões se encontra em Mateus 28.19-20: 

Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado...”.

Somente com esta expressão pronunciada por Jesus podemos entender que Missões significa ensinar às nações as verdades inseridas e constatadas no Livro dos livros. Missões é pregar, anunciar o Evangelho a todos os povos, nações e línguas (Mc 16.15); significa dar testemunho das maravilhas que Deus faz (At 1.8); significa arrebatar as almas do fogo (Jd 1.23).

Biblicamente, as Missões não estão restritas ao supracitado, mas vão além do que a nossa mente e coração possam alcançar. Alguns dos motivos que tem impulsionado a milhares a cumprirem esta Grande Comissão durante os séculos, são:
·                     A responsabilidade do ide de Jesus
·                     A visão de que o mundo está perdido
·                     A consciência que só Jesus é o meio de salvação
·                     A compaixão profunda pelas almas que perecem

O próprio Jesus nos deixou essa tarefa. Em Marcos 16:15, disse Jesus: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.” Estamos fazendo a nossa parte para que o Evangelho chegue a todos?

Estamos cumprindo seu IDE?

Sendo testemunha

Muitos têm medo, vergonha de falar de Jesus. Como cumprir a grandiosa tarefa de pregar o Evangelho?

Se fixarmos nossa atenção nos Apóstolos, antes e depois do derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes (At 2: 1-11), vamos observar algumas diferenças importantes: antes, tinham medo e agora pregam a palavra de Deus com decisão; os que eram incultos e ignorantes, depois falam dos mistérios de Deus e línguas estranhas. Esta mudança tão surpreendente é produzida porque, naquele dia, receberam a plenitude do Espírito Santo. De maneira semelhante, os fiéis recebem também a plenitude do Espírito Santo em nossos dias.
Busquem o Batismo com o Espírito Santo, e vossas vidas se encherão de gozo, e de desejo de servir a Deus e anunciar aos homens, que o SENHOR reina, ELE os ama e quer salva-los.

Fonte : Jaciara da Silva 

V- Missionário, eu?

Diz-se um missionário alguém que tem por função a pregação religiosa em locais onde sua religião ainda não foi difundida, realiza trabalho de promoção social ou em local que necessite de reavivamento de sua crença ou religião. É uma figura comum dentro de diversas crenças. Na verdade dentro da concepção cristã, missionário é a figura do plantador de igrejas; Muitos confundem missões com atividades em regiões internacionais, porém, as missões podem ser locais, regionais, estaduais, nacionais, internacionais, mundiais, enfim, tudo vai do despreendimento do missionário.

Na igreja Cristã, para que se possa ir a um local em missão, é necessário o preenchimento de algumas condições, de acordo com a situação em causa:

·                     Conhecimento,no mínimo básico, da Bíblia e ou, muito amor ao próximo.
·                     boa saúde
·                     preparação para a vida no local, relativamente à realidade cultura da sociedade
·                     conhecimento da língua ou a disponibilidade para a aprender
·                     conhecimento dos objetivos e características do trabalho
·                     preparação para a reintegração na sociedade de origem após um afastamento prolongado
É considerado missionário:
·                     Aquele que envia (até mesmo aquele que sustenta financeiramente uma missão)
·                     Aquele que é enviado
·                     Aquele que ora pelo bom êxito da missão
·                     Aquele que esta preparado para cumprir qualquer missão em que for designado por seu lider, pastor, agência, etc.
Fonte: Wikipédia
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Portanto para ser um missionário, acima de tudo basta ter este desejo, e desprendimento, nós observamos isto na historia dos missionários que fundaram as Assembléias de Deus no Brasil; veja:

·                     Gunnar Vingren -  Pioneiro da Obra Pentecostal no Brasil, 1879-1933.

Nasceu no dia 8 de agosto de 1897, na cidade de Ostra Husby, Suécia. Seu pai era jardineiro, profissão que Vingren seguiu até os 19 anos. Foi criado num genuíno lar cristão. Logo aos 18 anos tornou-se sucessor de seu pai na Escola Dominical; naquele mesmo ano, o Senhor falou claro ao seu coração de que ele seria um missionário.

Seu Preparo 

Em 1898, Vingren teve oportunidade de participar de uma Escola Bíblica; ao final daquele mês de estudos, começou já o trabalho missionário no interior de seu país. Em 1903, viajou para os Estados Unidos, e logo ingressou num Seminário Teológico Batista em Chicago. Em 1909, Deus o encheu de uma grande sede de buscar o batismo no Espírito Santo o que não tardou a receber. Ao pregar esta verdade à igreja que pastoreava, começaram os problemas; a igreja se dividiu entre os que criam e os que não criam em sua pregação. Dirigiu-se, então, para South Bend, Indiana, onde a igreja recebeu com gozo as Boas Novas e se tornou uma igreja pentecostal com 20 batizados no Espírito Santo no primeiro verão.
Sua Chamada Para o Brasil 
Numa reunião de oração, um dos irmãos presentes foi revelado que Gunnar Vingren serviria ao Senhor no Pará, que mais tarde ele descobriu que era um estado no norte do Brasil. Numa outra reunião como aquela, seu futuro companheiro, Daniel Berg, que conhecera numa conferência em Chicago, foi chamado para acompanhá-lo ao Brasil. Depois disto, não demorou muito para que a ida ao campo se tornasse uma realidade. Seus últimos dias na América foram de provas, atestando de que Deus é quem os chamava para a obra. Finalmente, partiram do porto de Nova Iorque com destino a Belém do Pará no dia 5 de novembro de 1910.

Adaptação ao Campo 

No dia 19 de novembro desembarcaram em terras brasileiras. Com certa dificuldade, sobretudo porque não falavam a língua nativa, chegaram até a casa de um pastor batista que lhes ofereceu hospedagem, um corredor escuro no porão da casa e sem janelas. Para aprenderem o português, Daniel trabalhava numa fundição durante o dia, enquanto Gunnar estudava, e à noite, então, ele compartilhava o que tinha aprendido. Apesar da pobreza, da simplicidade da alimentação, das doenças, calor e mosquitos, a chama do Evangelho os enchiam cada vez mais de gozo, atenuando assim o sofrimento.

Primeira Assembléia de Deus 

Depois de seis meses, Vingren foi convidado para dirigir um culto de oração. Sem receio, ensinou-os acerca das operações do Espírito Santo e da cura divina. Durante aquela semana,nas reuniões de oração nos lares, o Senhor curou a senhora Celina Albuquerque de uma doença incurável e dias depois a batizou com Espírito Santo e com fogo, sendo então a primeira pessoa brasileira a receber a promessa. Na semana seguinte, o pastor da igreja entrou de surpresa num daqueles cultos; depois de declarar várias acusações, insinuando que eles ensinavam falsas doutrinas, provocou uma divisão na igreja que findou na exclusão dos missionários e mais dezoito membros que os apoiaram testificando a verdade. Então, em 18 de junho de 1911 estes formaram a primeira Assembléia de Deus.

·                     Daniel Berg: Pioneiro da Obra Pentecostal no Brasil, 1884-1963.
by Manuela Barros

Daniel Berg nasceu em Vargon, na Suécia, num lar genuinamente cristão. Logo aos 17 anos, fez sua primeira viagem para os Estados Unidos, em 1902; isto porque a Suécia passava por uma crise financeira muito séria. Ao final de oito anos voltou de passagem à Suécia. 
Nesta ocasião ao visitar a casa de seu melhor amigo, soube que ele era agora um pregador do Evangelho numa cidade próxima. Ao visitá-lo, em sua igreja, ouviu pela primeira vez sobre o batismo no Espírito Santo. Depois do culto, conversaram bastante sobre esta doutrina o que fez com que Daniel Berg saísse dalí convicto, e buscando o seu batismo no Espírito Santo. Ainda no caminho de volta para a América ele recebeu o bastismo e decidiu-se definitivamente em dedicar sua vida ao Senhor. 

Sua Chamada

Durante uma conferência em Chicago, ele conheceu seu futuro companheiro nas missões, o sueco Gunnar Vingren, que estava recém formado num Instituto Bíblico e desejoso de ser um missionário. Ambos, cheios do poder pentecostal, passaram a buscar do Senhor o seu direcionamento para suas vidas. Certo dia, o dono da casa que Gunnar Vingren morava teve um sonho e tinha visto o nome Pará e foi-lhe revelado que seria uma orientação para aqueles jovens. Logo descobriram que Deus os chamava para o Brasil. Apesar do pouco entusiasmo da igreja, e de nenhuma promessa de ajuda financeira, ambos foram separados para serem missionários no Brasil, cheios de convicção da parte de Deus.

A última e grande confirmação da parte de Deus, foi quando o Senhor pediu a Vingren que desse 90 dólares, exatamente o valor que eles tinham para a viagem, para um jornal pentecostal. Eles, em obediência, o fizeram. Porém, extraordinariamente o Senhor os devolveu o exato montante, usando um irmão em outra cidade, que foi revelado por Deus para tal. Berg e Vingren partiram para o Brasil no dia 5 de Novembro de 1910. Durante a viagem, eles já puderam experimentar um pouquinho o que seria o seu campo, e alí mesmo se converteu a primeira alma para Jesus, desde que eles foram separados como missionários. Então, no dia 19 do mesmo mês chegaram à cidade de Belém do Pará.

Sua Chegada ao Brasil

Sua primeira hospedagem foi no porão de uma Igreja Batista, cujo pastor era americano. Logo começaram a dirigir cultos, para ajudar aquele pastor, e sempre que sentiam de falar sobre a manifestação do Espírito Santo para aqueles dias, o faziam sem constrangimento. Mesmo sendo um assunto novo para aqueles irmãos, eles se interessavam cada vez mais, o que decorreu no grande aumento da assiduidade nos cultos e constantes visitas aos missionários. Enquanto isso, Berg começou a trabalhar na fundição, para sustentá-los, enquanto Vingren estudava português para ensiná-lo à noite.

Primeira Assembléia de Deus

A pobreza e principalmente a doença era uma constante naquele lugar, sobretudo a lepra e a febre amarela. Com isso, os irmãos freqüentavam cada vez mais o porão onde viviam Berg e Vigren, à busca de oração e conhecimento da Palavra. Alí o Senhor começou a batizar com o Espírito Santo e curar muitos enfermos. Num daqueles cultos improvisados, entrou de surpresa o pastor da igreja, que foi cordialmente convidado a participar do culto. Recusando o convite, passou a declarar uma série de acusações com relação às falsas doutrinas ensinadas pelos missionários, esperava contar com o apoio dos que ali estavam, mais pelo contrário, um diácono, dos membros mais antigos, se levantou e defendeu com testemunhos reais de que o batismo no Espírito Santo e a cura divina é para a atualidade. Neste dia então, Berg, Vingren e mais 18 irmãos foram expulsos daquela igreja e formaram a primeira Assembléia de Deus, que a princípio se reunia na casa da irmã Celina Albuquerque, a primeira crente batizada no Espírito Santo em terras brasileiras.

Conclusão


“Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?”  (Rm 10:14 – ARA)
Este texto nos mostra a  oferta do Evangelho universal, ou seja, deve ser proclamado trazendo salvação a todos os que crêem, porém, como creram se não houver quem pregue?
A oferta do Evangelho é para todos, e para que isso ocorra, todos nós, todos sem exceção, temos a obrigação de divulgar as Boas Novas de Salvação, a todos os povos, raças tribos e nações, para que todos se acheguem ao conhecimento de Deus, recebendo a bem aventurada comunhão perdida no Éden.  

Colaboração  EBDnet- Jair César

terça-feira, 26 de outubro de 2010

LIÇÃO 04 - A IGREJA ORGANIZADA

Comentaristas: Damaris  Ferreira da Costa
                            Verônica Araujo
                            Telma Bueno

Texto bíblico   1 Corintios 12.12,14-20

Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?E, se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas, agora, Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo. 

Objetivos após a aula seu aluno deve entender asdiversas funções eclesiásticas,  bem como reconhecer que cada membro recebe de Deus  dons e talentos para servir a igreja de Cristo.


Introdução

Seguindo a seqüência de estudos sobre a igreja de Cristo, estaremos na lição 04 abordando o tema: A Organização da igreja. O Senhor Jesus não apenas edificou a sua igreja na Terra, mas também estabeleceu-a de forma organizada.

I-A organização da igreja

A primeira vez que o Senhor mencionou sua igreja, foi em conversa com Pedro.
“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Mt. 16:18 

Todas as citações nos não a idéia que a igreja é um corpo vivo, formado por todos os lavados e redimidos no sangue de Cristo, sendo Ele o cabeça. 

ESTA IGREJA SE EXPRESSA DE DUAS MANEIRAS:

1) Igreja Universal, ou como é chamada por alguns Igreja invisivel

Composta de todos os santos, de todas as eras e localidades. 

“A universal assembléia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus” Hb.12:23a e, 

2) Igreja Local  ou visível

Esta fazem parte os santos vivos de uma mesma localidade.

“A igreja de Deus que está em Corinto”. 1Co 1:2a.

Sendo assim, entendemos que como Igreja Universal ela é um organismo vivo, atuante, é o corpo de Cristo, como igreja local  ela também é uma organização.

II- No serviço do mestre

Quando Jesus partiu para o Pai e estabeleceu a sua igreja na Terra. O objetivo principal era que os seus discípulos continuassem a sua obra na terra, anunciando o evangelho.

Com a volta de Jesus para a glória a igreja seria o seu representante neste mundo, por isso mesmo a igreja é identificada como o corpo de Cristo.

De forma semelhante ao corpo humano, que possui muitos membros com funções distintas, isso ocorre na igreja, Cristo é o cabeça e a igreja o seu corpo, com  muitos membros e funções diferentes.

Na lição anterior vimos que Deus concede dons aos homens, nesta lição vemos que alguns destes dons é justamente para que a sua igreja possa ser edificada, isto de forma organizada.
O Senhor através do Espírito Santo concedeu a igreja dons, não somente dons espirituais, mas também Ministeriais.

III- As diversas funções eclesiásticas

Em Efésios quatro, Paulo nos disse que quando Jesus deixou esta terra, Ele deu dons aos homens. Estes são chamados dons ministeriais.

Efésios 4.11 E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores.

Estes Cinco ministérios são também chamados “Os dons da  ascensão de Cristo,” porque eles foram dados “quando Ele ascendeu nas alturas.”

Os dons ministeriais são:
§  Apóstolos
§  Profetas
§  Evangelistas
§  Pastores
§  Mestres 

VEJAMOS ESPECIFICAMENTE CADA MINISTÉRIO:

APÓSTOLOS

O título “apóstolo” se aplica a certos líderes cristãos do NT. O verbo apostello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8.9, 1 Ts 2.6,7).

O termo “apóstolo” era usado no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (ver At 14.4,14; Rm 16.7; cf. 2 Co 8.23; Fp 2.25)

Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. 

Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25,26). Eram homens de fé e de oração, cheios do Espírito (ver At 11.23-25; 13.2-5,46-52)

Apóstolos, no sentido geral, continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o mundo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor (Mt 28.18-20).

O termo “apóstolo” também é usado no NT em sentido especial, em referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores.

PROFETAS

Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo (At 2.17; 4.8; 21.4).

O ministério profético do AT ajuda-nos a compreender o do NT. A missão principal dos profetas do AT era transmitir a mensagem divina através do Espírito, para encorajar o povo de Deus a permanecer fiel, conforme os preceitos da antiga aliança. Às vezes eles também prediziam o futuro conforme o Espírito lhes revelava. Cristo e os apóstolos são um exemplo do ideal do AT (At 3.22,23; 13.1,2).

A função do profeta na igreja incluía o seguinte: (a) Proclamava e interpretava, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar (At 2.14-36; 3.12-26; 1 Co 12.10; 14.3). (b) Devia exercer o dom de profecia. (c) Às vezes, ele era vidente (cf. 1 Cr 29.29), predizendo o futuro (At 11.28; 21,10,11). (d) Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir do juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17). Por causa da sua mensagem de justiça, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, em tempos de mornidão e apostasia.

O caráter e solicitude espiritual, o desejo e a capacidade do profeta incluem: (a) zelo pela natureza da igreja (Jo 17.15-17; 1 Co 6.9-11; Gl 5.22-25); (b) profunda sensibilidade diante do mal e a capacidade de identificar e detestar a iniqüidade (Rm 12.9; Hb 1.9). (c) profunda compreensão do perigo dos falsos ensinos (Mt 7.15; 24.11,24; Gl 1.9; 2 Co 11.12-15); (d) dependência contínua da Palavra de Deus para validar sua mensagem (Lc 4.17-19; 1 Co 15.3,4; 2 Tm 3.16; 1 Pe 4.11); (e) interesse pelo sucesso espiritual do reino de Deus e identificação com os sentimentos de Deus (cf. Mt 21.11-13; 23.37; Lc 13.34; Jo 2.14-17; At 20.27-31).

A mensagem do profeta atual não deve ser considerada infalível. Ela está sujeita ao julgamento da igreja, doutros profetas e da Palavra de Deus. A congregação tem o dever de discernir e julgar o conteúdo da mensagem profética, se ela é de Deus (1 Co 14.29-33; 1 Jo 4.1).

Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo e o liberalismo quanto aos ensinos da Bíblia (1 Co 14.3; cf. Mt 23.31-38; Lc 11.49; At 7.51,52). Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça (Jo 16.8-11), então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito. A política eclesiástica e a direção humana tomarão o lugar do Espírito (2 Tm 3.1-9; 4.3-5; 2 Pe 2.1-3,12-22). Por outro lado, a igreja com os seus dirigentes, tendo a mensagem dos profetas de Deus, será impulsionada à renovação espiritual. O pecado será abandonado, a presença e a santidade do Espírito serão evidentes entre os fiéis (1 Co 14.3; 1 Ts 5.19-21; Ap 3.20-22).

EVANGELISTAS

No NT, evangelistas eram homens de Deus, capacitados e comissionados por Deus para anunciar o evangelho, i.e., as boas novas da salvação aos perdidos e ajudar a estabelecer uma nova obra numa localidade. A proclamação do evangelho reúne em si a oferta e o poder da salvação (Rm 1.16).
 
Filipe, o “evangelista! (At 21.8), claramente retrata a obra deste ministério, segundo o padrão do NT, (a) Filipe pregou o evangelho de Cristo (At 8.4,5,35). (b) Muitos foram salvos e batizados em água (At 8.6,12). (c) Sinais, milagres, curas e libertação de espíritos malignos acompanhavam as suas pregações (At 8.6,7,13). (d) Os novos convertidos recebiam a plenitude do Espírito Santo (At 8.14-17).

O evangelista é essencial no propósito de Deus para a igreja. A igreja que deixar de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar convertidos segundo o desejo de Deus. Tornar-se-á uma igreja estática, sem crescimento e indiferente à obra missionária. A igreja que reconhece o dom espiritual de evangelista e tem amor intenso pelos perdidos, proclamará a mensagem da salvação com poder convincente e redentor (At 2.14-41).

PASTORES

Os pastores são aqueles que dirigem a congregação local e cuidam das suas necessidades espirituais. Também são chamados “presbíteros” (At 20.17; Tt 1.5) e “bispos” ou supervisores (1 Tm 3.1; Tt 1.7).

A tarefa do pastor é cuidar da sã doutrina, refutar a heresia (Tt 1.9-11), ensinar a Palavra de Deus e exercer a direção da igreja local (1 Ts 5.12; 1 Tm 3.1-5), ser um exemplo da pureza e da sã doutrina (Tt 2.7,8), e esforçar-se no sentido de que todos os crentes permaneçam na graça divina (Hb 12.15; 13.17; 1 Pe 5.2). Sua tarefa é assim descrita em At 20.28-31: salvaguardar a verdade apostólica e o rebanho de Deus contra as falsas doutrinas e os falsos mestres que surgem dentro da igreja. Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus, o Bom Pastor (Jo 10.11-16; 1 Pe 2.25; 5.2-41).

Segundo o NT, uma igreja local era dirigida por um grupo de pastores (At 20.28; Fp 1.1). Os pastores eram escolhidos, não por política, mas segundo a sabedoria do Espírito concedida à igreja enquanto eram examinadas as qualificações espirituais do candidato.

O pastor é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de selecionar pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (ver 1 Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (ver At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (2 Tm 1.13,14).

Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme o propósito de Deus (1 Tm 4.6-14-16; 6.20.21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2 Tm 4.4). Se, por outro lado, os pastores forem piedosos, os crentes serão nutridos com as palavras da fé e da são doutrina, e também disciplinados segundo o propósito da piedade (1 Tm 4.6,7).

DOUTORES OU MESTRES

Os mestres são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e proclamar a Palavra de Deus, a fim de edificar o corpo de Cristo (Ef 4.12).

A missão dos mestres bíblicos é defender e preservar, mediante a ajuda do Espírito Santo, o evangelho que lhes foi confiado (2 Tm 1.11-14). Têm o dever de fielmente conduzir a igreja à revelação bíblica e à mensagem original de Cristo e dos apóstolos, e nisto perseverar.

O propósito principal do ensino bíblico é preservar a verdade e produzir santidade, levando o corpo de Cristo a um compromisso inarredável com o modo piedoso de vida segundo a Palavra de Deus. As Escrituras declaram em 1 Tm 1.5 que o alvo da instrução cristã (literalmente “mandamento”) é a “caridade de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida” (1 Tm 1.5). Logo, a evidência da aprendizagem cristã não é simplesmente aquilo que a pessoa sabe, mas como ela vive, i.e., a manifestação, na sua vida, do amor, da pureza, da fé e da piedade sincera.

Os mestres são essenciais ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeita, ou se descuida do ensino dos mestres e teólogos consagrados e fiéis à revelação bíblica, não se preocupará pela autenticidade e qualidade da mensagem bíblica nem pela interpretação correta dos ensinos bíblicos. A igreja onde mestres e teólogos estão calados não terá firmeza na verdade. Tal igreja aceitará inovações doutrinárias sem objeção; e nela, as práticas religiosas e idéias humanas serão de fato o guia no que tange à doutrina, padrões e práticas dessa igreja, quando deveria ser a verdade bíblica.

Autor:  Diversos
Fonte:  Bíblia de Estudo Pentecostal

Conclusão

Tanto o dons espirituais como os dons ministeriais foram dados a igreja com o único objetivo a edificação do corpo de Cristo, e a obra do ministério; conforme o apostolo Paulo declara em sua epistola aos  efésios.

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo, (Ef 4.11,12)